domingo, 15 de setembro de 2013

Correção de atividades - 2º ano

Olá, queridos alunos! Resolvi disponibilizar aqui no blog a correção dos exercícios (estudo dos pronomes) do livro didático.  
Internet é diversão, mas pode ser também uma excelente ferramenta de aprendizado!

Prática de linguagem (p. 237-238)
1. 
a) Porque ele está fazendo ginástica com o corpo dela.
b) Derivação parassintética. O prefixo en- (que significa dar forma de, tornar-se) aglutinou-se ao radical batat-, acrescido do sufixo -ar. Nesse processo, por anteceder a letra b, o n foi substituído por m.
A palavra embatatar - na fala de Helena - significa ficar com os músculos hipertrofiados, marcados, em forma de batata.
c) Esse pronome refere-se tanto a quem fala (a mente de Helena) quanto a quem ouve, uma vez que a mente de Cláudio encontra-se no corpo de Helena, o qual ele não quer que fique musculoso.
d) O falante - Cláudio - está se referindo ao corpo que sua mente habita no momento da enunciação - o corpo de Helena. O pronome esse expressa certo distanciamento entre Cláudio e o corpo de Helena, no qual ele não se reconhece.

2. 
a) A expressão "deixar a peteca cair" é utilizada para falar de momentos da vida em que nossos objetivos não são atingidos ou nosso ânimo e vigor para enfrentar as adversidades esmorecem. A palavra jogo simboliza as situações e os desafios da vida.
b) "A gente" refere-se à primeira pessoa do plural; a palavra pega combina com a terceira pessoa do singular. Na frase seguinte, a autora emprega a forma pegamos combinando com a primeira pessoa do plural implícita: "nós pegamos".
c) Ao empregar termos e expressões característicos da fala informal, a autora procura aproximar-se de seu público leitor (adolescentes do sexo feminino).
d) O leitor é representado no texto pela primeira do plural e pela segunda pessoa do singular. A autora emprega a primeira pessoa para se aproximar de seus interlocutores, identificando-se com eles e compartilhando suas experiências. A segunda pessoa do singular é empregada nos momentos em que a autora faz recomendações e dá conselhos ao ouvinte.

3. I.C;       II. D:       III. A:        IV. B.

Página 239 (tirinha do Hagar)
1.
a) O leitor interpreta, no primeiro quadrinho, que o pedido de Helga se refere ao cachorro, e não a Hagar. Essa interpretação se desfaz ao ler o segundo quadrinho, quando percebemos que o que foi dito por Helga, no primeiro quadrinho, se refere a Hagar.
d) Os pronomes: lhe, lo e dele. Os pronomes utilizados por Helga podem se referir tanto ao cachorro quanto a Hagar.
c) A primeira interpretação é favorecida pelo conhecimento prévio do leitor, que associa pulgas e serviços de banho a cachorros, e não a humanos.

2.
a) Não. A gramática tradicional indica que o pronome relativo onde faz referência a um lugar, no entanto, na frase, ele faz referência a um tempo.
b) Este foi um ano em que boa parte...

Língua viva (p. 240-241)
1. Situação inicial: marido e mulher decidem não atender o cobrador da televisão, caso ele bata na porta do apartamento deles. Para dar ideia de que não havia ninguém em casa, combinam de não fazer barulho.
Conflito: A mulher, cumprindo o acordo feito com o marido "trancara-se lá dentro", enquanto ele, acidentalmente, fica nu do lado de fora do apartamento, já que havia se despido para tomar banho e resolvera pegar o pão no hall do elevador.
Desfecho: O homem finalmente consegue voltar ao apartamento. Depois de estabelecida a calma, batem na porta e o homem, pensando que era a polícia, vai abri-la. Era o cobrador da televisão.

2. Basicamente, o caráter trivial dos eventos narrados. Pode ser citado também o humor, elemento bastante presente em crônicas.

3. a) Isso: ao fato de o homem não ter como pagar a prestação da televisão porque não trouxe dinheiro da cidade.
Dessas: a procedimentos como o sugerido pela mulher (dizer ao cobrador que não tinha dinheiro).
b) Anafórica, pois retoma elementos já explicitados no texto.

4. a) O pronome esta indica que a porta que o falante deseja abrir está próxima a ele; é a porta na qual ele está batendo. O pronome desta indica que a vez em que a personagem esmurrou a porta corresponde à ação narrada naquele exato momento.
b) Pronomes demonstrativos e adjetivos.

5. a) Nas frases I e III. Na frase I o pronome ele é uma ferramenta catafórica, pois antecipa seu referente "o homem nu". Na frase III, os pronomes a e o retomam, respectivamente, os nomes porta e elevador, atuando com mecanismo de anáfora. 
b) Frases II e IV. Na frase II, ao empregar  o pronome isso, o falante faz referência à situação que acabara de acontecer: o elevador desceu. Na frase IV, o narrador estabelece, por meio do pronome naquele, certo distanciamento entre o tempo que narra e o fato narrado.

6. a) Não. Nesse trecho, pelo contexto, pode-se supor que se trata de um pai ou mãe ordenando à filha que entre em casa para não ver o homem nu. Já no início do conto, a personagem emprega a expressão "minha filha" para dirigir-se à esposa, denotando uma relação de intimidade, relação paternal.
b) Vínculo conjugal ao se dirigir à esposa; parentesco ao se dirigir à filha.
c) O pronome minha usado nesse contexto expressa respeito e polidez.

Em dia com a escrita (p.242-243)
1. a) I.esta; referente: porta.     II. Desta; referente: vez      III.Dessas; referente: coisas.
b) I. Localização no espaço: indica que a porta é a que está próxima do falante, na qual ele está batendo.
II. Localização no tempo: indica o momento da narrativa em que a personagem se encontra. III. Localização no contexto linguístico: refere-se à fala anterior.

2. a) Aquele - Quem quer ser um milionário; este - O curioso caso de Benjamin Buton.
b) O primeiro/ o segundo
    A produção filmada na Índia/ O longa norte-americano.
c) Valsa com Bashir; o pronome  este indica que o filme mais próximo é "uma espécie de documentário em animação sobre a vida de um ex-combatente de Israel".

3. a) esse        b) este livro       c) Aquele, esse, este         d) esse   e) estes       f) Aquele, este

4. a) Pesquisem no arquivo do PNE: www.portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/pne.pdf
b) Esses - "260 municípios brasileiros"; essas - "Melhoria da qualidade de ensino, redução das desigualdades sociais e regionais visando ao acesso e permanência do aluno na escola e à democratização da gestão do ensino público"; estes - "Amparo (SP), Curvelândia (MT), Igrejinha (RS), Joinvile (SC), Ponta Grossa (PR), Rio Branco (AC), São Gabriel do Oeste (MS), São Mateus (ES), Sobral (CE), Três Passos (RS)".
c) Esses - retoma; essas - retoma; estes - antecipa.
d) Entre esses - entre os municípios/ entre eles.
As dez cidades que alcançaram essas metas - as metas citadas/ as referidas metas.
Estes municípios são: - Os municípios em referência são:/ Trata-se dos seguintes municípios:

5. a) O pronome este indica que o autor da advertência se refere ao título de eleitor em que ela está empregada.
b) Sugerir que o título de eleitor também pode causar danos.
c) A imagem apresentada - rosto de um palhaço - reforça o texto, que diz que o eleitor vai sofrer desilusões e desgostos. A imagem insinua que o eleitor é um palhaço.
d) Resposta pessoal. 
6. Resposta pessoal. Sugestão de sistematização:
  • As formas esse/isso são empregadas em anáforas, retomando um referente já mencionado.
  • As formas este/isto são empregadas em catáforas, antecipando um referente.
  • Ao retomar dois elementos, as formas aquele/aquilo referem-se ao primeiro elemento citado (mais afastado no contexto linguístico) e este/isto ao último (mais próximo).
  • Ao retomar três elementos, aquele mencionado em segundo lugar é retomado pelo emprego das formas esse/isso.
  • Quando o enunciador se refere a seu próprio texto, emprega o pronome este.

BOM ESTUDO!!!


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


Governador confirma pagamento do décimo quarto salário até o final de março

A data exata será definida na próxima semana.

Fonte: Rádio Itatiaia
16 de Fevereiro de 2013 por Ana Carolina Dias
O governo está perto de definir data do pagamento do décimo quarto salário dos servidores estaduais da ativa.

Os servidores de Minas Gerais que estão ansiosos pelo pagamento do prêmio de produtividade, vão esperar até a próxima semana quando tomarão conhecimento da data deste pagamento.

O governador Antônio Anastasia disse, nessa sexta-feira (15) que o prêmio será pago até o final de março, mas a data está sendo escolhida e ele vai anunciar na semana que vem.

"A gratificação de produtividade, como nós anunciamos no final do ano, será quitada até o final do primeiro trimestre deste ano, até o final de março. Eu acredito que a partir da semana que vem nós vamos definir a data exata", afirmou.

Ele comentou ainda sobre possíveis mudanças nos quadros do primeiro escalão do governo previstas para os próximos meses.

"Semana passada eu até nomeei para uma vaga na Secretaria do Trabalho, nós nomeamos o secretário deputado federal José Silva e não há nenhuma modificação. Inclusive semana que vem temos uma reunião de secretariado na terça-feira", explicou.
Fonte: http://www.itatiaia.com.br/site/noticias/noticia/11241

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Meu relato de prática da OLP/2012: mais que um relato, um desabafo...


Ainda há esperança!

É manhã de uma segunda-feira. Os primeiros raios de sol despontam no horizonte e o alarme insistente do celular me convida à ação. “Vamos, Graça, ânimo! Hora de levantar!” – é o que me recomenda o bom-senso, embora o corpo cansado convide a ficar “só mais um pouquinho”. Não entendo por que já estou cansada se ainda é segunda-feira, mas logo chego à conclusão: é uma segunda de muitas “segundas” de um ano que, por sua vez, é mais um de vinte dedicados à docência. É o desgaste natural que o passar do tempo provoca, trazendo junto com ele, positivamente, um pouco mais de serenidade e equilíbrio. Sorrio. Levanto cantarolando um trecho da bela canção de Frejat: “Desejo que você tenha a quem amar/ E quando estiver bem cansado/ Ainda, exista amor pra recomeçar...”  E é renovada por esse amor à profissão, ao desejo de fazer a diferença, mudar e mudar-me a cada dia, que inicio mais uma jornada dupla de trabalho – são trinta e oito aulas semanais, lecionando Língua Portuguesa para turmas do Ensino Fundamental e Médio, na Escola Estadual “Deputado Patrus de Sousa”.
Nesses últimos dias, ando deveras feliz. O artigo de opinião produzido por uma de minhas alunas do 3º ano é semifinalista da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. Pequenas conquistas que nos enchem de orgulho e esperança. No trajeto que faço, a pé, para a Escola, um filme passa na minha cabeça. E volto ao ano de 2008, em que nossa Escola participou da primeira edição da Olimpíada. Naquela ocasião, classificamos um texto do gênero memórias literárias para a etapa estadual. Em 2010, nossa adesão ao movimento grevista da categoria inviabilizou a participação da Escola na 2ª edição da OLP.
Esse ano, não poderia deixar a oportunidade passar, pois já havia experimentado o gosto gratificante de ver meus alunos escrevendo e aprimorando seus textos a partir das sequências didáticas estudadas. Em meu Plano de Gestão de Desenvolvimento Individual, sempre incluo a participação na OLP como ação a ser desenvolvida e como estratégia de ensino. Vejo, entretanto, que nem todos os docentes enxergam, ainda, a grandiosidade do Projeto e, como consequência, não aderem à proposta. Assim aconteceu na minha Escola, em que, dos seis professores de Língua Portuguesa, apenas três participaram. Não podemos, obviamente, culpá-los, pois a sobrecarga de trabalho é grande, as cobranças são muitas e os recursos, poucos (até mesmo para xerox). Senti-me, assim, um tanto quanto só nessa jornada. Mas, cheia de ânimo e coragem, iniciei os trabalhos com as cinco turmas de 3º ano para as quais leciono.
Ao levá-los a proposta da participação na Olimpíada, perguntei quem já conhecia o Projeto, ao que a maioria dos alunos respondeu positivamente, embora não soubessem muito bem como os trabalhos seriam desenvolvidos, pois faziam uma associação com a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, em que realizam provas. Expliquei-lhes que a Olimpíada de Língua Portuguesa tem como objetivo principal melhorar as práticas de leitura e escrita dos alunos e que, para isso acontecer, trabalharíamos com a sequência didática proposta no material a nós enviado. Esclareci que a etapa final dos trabalhos seria a produção de um artigo de opinião individual, sobre uma questão polêmica local e relevante.
Para a produção do primeiro artigo de opinião, debatemos em sala de aula temas polêmicos propostos pelos próprios alunos, tais como: “Aborto de anencéfalo – a favor ou contra?”, “Sistema de cotas nas universidades – solução ou paliativo?”. Posso dizer que os debates renderam bons momentos de trocas de ideias em que os alunos puderam expor seus pontos de vista, embora muitos não conseguissem apresentar argumentos consistentes. Estimulei-os a buscarem os porquês, as causas e as consequências das posições que defendiam, às vezes de forma veemente, provocando reações acaloradas dos que pensavam de forma diferente. Como mediadora, procurava serenar os ânimos e fazê-los entender que num debate de ideias não vence quem fala mais alto, e sim quem tem os melhores argumentos. A partir daí, cada um produziu seu texto sobre o assunto debatido na classe. Esse primeiro texto serviu de diagnóstico e pude detectar as principais dificuldades dos alunos na produção de um artigo de opinião. Constatei a limitação de muitos em apresentar argumentos válidos e variados, bem como em usar adequadamente os elementos articuladores.
Para que pudessem melhorar seus textos, as oficinas que se seguiram foram de grande importância, pois possibilitaram o conhecimento mais aprofundado desse gênero textual, trabalhando com conceitos como: questão polêmica, tese, argumentação, contra-argumentação, elementos articuladores e vozes. Nessa etapa, escolhi alguns artigos de alunos finalistas da OLP/2010 para trabalharmos em sala de aula, pois considerei que seria uma forma de incentivá-los e mostrar que eles também eram capazes de produzir bons textos. Cumpre ressaltar a riqueza do material apresentado no sítio da Olimpíada, mas também a dificuldade que tive em utilizá-lo, pois nossa Escola dispunha de um laboratório de informática limitado – que agora está sendo ampliado – e o único projetor que possuíamos foi roubado. Diante dessas limitações, muitas vezes tive que improvisar, passando as atividades na lousa ou fazendo cópias do material. Com o decorrer das oficinas, pude perceber que o entendimento dos alunos sobre o gênero ia sendo ampliado. Interessante era ouvir deles comentários como: “Escrever um artigo de opinião é muito legal, mas dá um trabalho!”, ou “Se comparar os meus textos do ano passado com os deste ano, dá para perceber o quanto eu evoluí.”
Chegado o momento da escolha da questão polêmica para a produção do artigo de opinião, várias foram as sugestões, mas uma, em especial, atraiu a atenção da maioria: a disputa política em nosso Município, que é algo “sui generis”, pois a cidade se divide em duas e se torna palco de uma verdadeira guerra verbal. Pronto! Estava definido o tema! Feitas as pesquisas, socializados os resultados, os alunos produziram seus textos e, após escritas e reescritas, demos por encerrado os trabalhos, que culminaram com a escolha do texto da aluna Samara para representar a nossa Escola na Olimpíada. Posso considerar que, excetuando os que nem quiseram tentar, – infelizmente, há, devo confessar – recebi muitos textos que, se não perfeitos, mostravam avanços.
Hoje, já se aproximando o dia de viajarmos para o Encontro Regional, em BH, fica a certeza de que vale a pena buscar o diferente e o novo, ainda que isso possa nos trazer instabilidade e, às vezes, o desejo de desistir, de se fechar no casulo e não dar chance à borboleta. Projeto como o da Olimpíada de Língua Portuguesa tem o seu diferencial, pois colabora para o crescimento não só do educando, mas do profissional da educação pública, tão desprestigiado e desvalorizado, tendo que exercer jornadas duplas ou até triplas de trabalho para ter uma (sobre)vivência digna, honrada. Que venham outras edições!
                                                                      
                                Maria das Graças Nogueira
Samara e eu - no alto, faixa enviada à Escola pelo CENPEC (organizador da OLP).