quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Sind-UTE/MG discute projeto que regulamenta 1/3 de hora-atividade em Minas Gerais


Nessa terça-feira (29/08), aconteceu nova reunião entre o Sind-UTE/MG e as Secretarias de  Estado  de 
Planejamento e Gestão e de Educação. O debate principal da reunião foi a proposta de projeto de lei que 
regulamenta 1/3 da jornada na rede estadual. Em julho, o governo apresentou uma  primeira versão do 
projeto. O Sindicato realizou discussões com a categoria e apresentou  diversos  problemas do   projeto. 
Nesta semana, o governo apresentou nova versão do projeto. Acompanhe  pelo quadro abaixo  o  que 
o Sind-UTE/MG questionou.
Nova reunião será marcada para que as Secretarias apresentem os retornos aos questionamentos já feitos.
 Outras demandas discutidas:
1) Férias-prêmio: a categoria continua enfrentando dificuldades para exercer o direito de férias-prêmio. Vários servidores que estão próximos da aposentadoria não conseguem gozar as férias. Superintendências Regionais de Ensino de Montes Claros e de Monte Carmelo são exemplos desta situação. A Secretaria se comprometeu em resolver os problemas que o Sindicato apresentou.
 2) Promoção e Progressão: as promoções adquiridas até 2011 não foram pagas a todos os servidores, bem como também não foi feito o acerto dos valores retroativos. As escolas não estão informando as progressões por orientação de SREs, que afirmam estarem aguardando orientação da Secretaria de Educação. Isso significa que novo passivo está se acumulando  e os direitos da categoria  continuam desrespeitados.  A resposta a estes problemas será dada na próxima reunião.
 3) Nomeação das direções eleitas. Novamente o Sindicato cobrou a nomeação das direções eleitas que o governo não nomeou.
 4) Pagamento reposição de greve. Ainda há problemas de pagamento de servidores relativo à reposição da greve. O Sindicato já informou nome e Masp dos servidores e cobrou a regularização da situação.
 5) Obrigatoriedade de capacitação fora do local de trabalho. Novamente o Sindicato cobrou da Secretaria um posicionamento em relação às ameaças feitas em algumas SREs de punir o servidor que não comparecer capacitação feita pela Secretaria. Este procedimento é irregular e o Sind-UTE/MG já havia denunciado a situação em reunião anterior.
 6) Denúncia de falsificação de documentos. O Sindicato fez inúmeros pedidos às Seçretarias de Educação e Planejamento e Gestão para que suspendessem os Processos Administrativos Disciplinares, que foram abertos contra lideranças do nosso movimento. Afirmamos que as alegações que fundamentaram a abertura da maioria dos processos eram falsas. Mas a Secretaria de Educação, através da Secretária Adjunta, Maria Sueli de Oliveira Pires, afirmou em ofício que os processos foram instaurados após análise quanto à pertinência dos fatos apurados. No entanto, através da atuação do Departamento Jurídico do Sindicato, descobrimos entre outros absurdos, que os documentos que fundamentaram a acusação foram falsificados.
 7) Cumprimento do artigo 152 do Estatuto do Funcionalismo.Novamente o Sindicato cobrou o cumprimento deste artigo. Mesmo em vigor, ele não tem sido cumprido e inúmeros servidores não conseguem o beneficio do afastamento da regência como prevê a lei. A Secretaria de Educação se comprometeu em enviar nova orientação às Superintendências Regionais de Ensino.
 8) Salário e Carreira. Em setembro, acontecerá a reunião do Cones (Comitê de Negociação Sindical), que discutirá a política remuneratória. Isso engloba todas as questões que impactam na folha de pagamento como política de carreira e reajuste salarial. A data da reunião ainda será confirmada.
O Sind-UTE/MG apresenta um estudo da proposta do governo, como forma de subsidiar as discussões nas escolas e no processo de negociação com o Governo e Assembleia Legislativa.
O projeto de lei proposto pelo governo prevê no:
Art. 1º, os incisos I e II do §1º e o §2º do art. 33 da Lei nº 15.293, de 05 de agosto de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 33 – (...)
§1º - (...)
I – dezesseis horas destinados à docência;
II – oito horas destinadas a reuniões e outras atividades e atribuições específicas do cargo.
A atual redação da Lei 15.293/04 prevê:
Art.33
§ 1º - A carga horária semanal de trabalho de Professor de Educação Básica compreenderá:
I – dezoito horas destinadas à docência;
II – seis horas destinadas a reuniões e outras atribuições específicas do cargo.
Considerações do Sindicato – È necessário especificar as atividades e atribuições para a jornada de 8 horas. Permanecendo a redação proposta pelo Governo, este período poderá ser utilizado para outros fins como convocação para capacitação estabelecida pela Secretaria, desconsiderando as especificidades da escola e da região. Outra possibilidade é impor atendimento a pequenos grupos de alunos, recuperação ou mesmo que todo o tempo seja preenchido com reuniões.
Em 2010, o governo fez a mesma tentativa de estabelecer esta redação quando da tramitação do projeto de lei que originou a lei 18.975/10, mas o Sindicato conseguiu retirar esta redação.
Propostas para garantir direitos para a categoria – Especificar o período destinado à hora-atividade com a seguinte redação:
II – 2 horas de reunião pedagógica;
III – 6 horas para planejamento, elaboração e avaliação das atividades escolares dos educandos.
Além disso, é preciso acrescentar que a hora-aula na rede estadual corresponde a fração de 50 minutos.
A nova versão apresentada pelo Governo em agosto 2012
Art. 1º O art. 33 da Lei nº 15.293, de 05 de agosto de 2004, fica acrescido dos §§5º, 6º e 7º e incisos I e II de seu §1º e o seu §2º passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 33 – (...)
§ 1º - (...)
I – 16 (dezesseis) horas destinadas à docência;
II – oito (oito) horas destinadas a atividades extraclasse, tais como atividades de capacitação, planejamento, avaliação e reuniões, bem como outras atribuições específicas do cargo que não configurem o exercício da docência, sendo vedada a utilização dessa parcela da carga horária para substituição eventual de professores, observada a seguinte distribuição:
- 4 (quatro) horas semanais em local de livre escolha do professor;
- 4 (quatro) horas semanais na própria escola ou em local definido pela direção da escola, sendo até 2 (duas) horas semanais dedicadas a reuniões;
§ 2º A carga horária semanal destinada a reuniões poderá ser acumulada para utilização dentro de um mesmo mês, a juízo da direção da escola;
§3º O saldo da carga horária prevista na alínea “b” do parágrafo 1º, não utilizado para reuniões, deverá ser destinado a outras atividades previstas no caput do inciso II do parágrafo 1º;
§4º Caso o professor esteja inscrito em cursos de capacitação ou atividades de formação promovidos ou autorizados pela SEE, as horas previstas no § 3º poderão ser cumpridas fora da escola, com o conhecimento prévio da direção da escola.


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

PREPARANDO-SE PARA O ENEM - PROPOSTA DE REDAÇÃO NÚMERO 2


A sociedade brasileira e os conflitos no trânsito

O trânsito nas grandes cidades tem crescido de modo descontrolado nas últimas décadas, fazendo com que o tempo gasto pelas pessoas dentro do carro torne-se, às vezes, insuportável. Uma das piores consequências disso é o aumento da violência provocada por motoristas: são atitudes de desrespeito ora com o pedestre, ora com os outros condutores. Muitas vezes, o carro é usado como arma nessa luta urbana em que se transformou a difícil convivência entre estressados. São inúmeras as campanhas para incentivar a direção segura, mas, mesmo assim, casos impressionantes de violência no trânsito, incluindo muitas mortes, continuam sendo divulgados pela mídia, todos os dias. Diante dessa realidade, o que pode ser feito para lidar eficientemente com esse problema? Observe os textos da coletânea e elabore uma dissertação argumentativa sobre o tema, respondendo a questão: É possível reduzir o nível de violência no trânsito brasileiro?

ELABORE um texto dissertativo-argumentativo considerando as ideias a seguir:
Indenizando os sobreviventes
As  indenizações por  acidentes de trânsito no  Brasil  já  passaram  de R$ 1 bilhão neste  ano.  Desde  2003, a quantidade aumentou 133%. O total de indenizações pagas pelo seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) para vítimas de acidentes  de  trânsito  no  Brasil  aumentou  36,4%  no primeiro semestre  deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. São Paulo foi  o  Estado com o maior número de pagamentos  por  morte - 4.841,  ou 19% do  total  do  País.  Minas,  com 10%,  Rio  e Paraná, ambos com 7%, aparecem na sequência. Os dados foram  divulgados ontem  no  Rio  pela  Seguradora Líder, administradora do  DPVAT. Entre  janeiro  e  junho,  foram  feitos  165.111  pagamentos (R$ 1,127 bilhão). "Infelizmente, o seguro é um reflexo  de  uma  situação  que  verificamos  no  País. Os índices de acidentes são alarmantes, seja em feriados ou no dia a dia", disse o diretor da seguradora, Ricardo Xavier.

[O Estado de S. Paulo, 28 de julho de 2011]

Motorista bate Porsche e mata mulher
O motorista do carro Porsche envolvido em um acidente que matou uma pessoa na manhã deste sábado responderá por homicídio doloso --quando há intenção de matar--, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública). O acidente aconteceu no cruzamento das ruas Tabapuã e Bandeira Paulista, no Itaim Bibi (zona oeste de SP), por volta das 2h30, e provocou a morte de Carolina Menezes Cintra Santos, de 28 anos.
[Folha.com, 9 de julho de 2011]

Tiros em Botucatu
São Paulo - O motorista Jonas Braga de Albuquerque, de 44 anos, acusado  de  matar a tiros  Adriano Antonio dos Santos, de 28, durante uma briga de trânsito em Botucatu (SP), se apresentou à polícia na manhã de hoje. O homem prestou  depoimento e  foi  liberado. Por ter  se  apresentado  espontaneamente,  ele  responderá ao processo em liberdade. Jonas deve ser indiciado por homicídio doloso - quando há intenção de matar - e a pena pode chegar a 30 anos. De acordo com a Polícia  Civil, o carro  de  Adriano  perdeu o  freio  e  bateu  no veículo dirigido por Jonas, no último domingo, 14. Jonas saiu do carro e começou a discutir com o outro motorista. Um irmão de Adriano chegou e os dois passaram a bater em Jonas. Ferido pelo acidente e as agressões, Jonas foi até sua casa, nas proximidades, pegou um revólver e deu um tiro em Adriano.

[UOL Notícias, 16 de agosto de 2011]

Violência no Trânsito
Para  Júlio  César  Fontana  Rosa,  psiquiatra  especializado  em  comportamento  de  trânsito  da   Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), o risco de se envolver num ato de violência é potencializado quando o veículo se torna um meio para que a pessoa libere sua agressividade e assim facilite a provocação do outro.

A belicosidade pode começar com uma simples troca de olhares, seguindo para cara feia, gestos obscenos, palavrões, chegando à agressão. “O motorista, muitas vezes, não sabe o que vai causar ali, como um dano ao carro ou à pessoa, mas ela precisa se afirmar. Depois vem o arrependimento. Ou não.”
Pedir desculpas ao realizar uma manobra arriscada sem a intenção de agredir outro motorista pode evitar muitas discussões no trânsito. “Quem está estressado não vai se sentir desafiado se o outro demonstrar arrependimento. Normalmente, esse indivíduo que está agressivo é adorável, calmo. Totalmente irreconhecível em uma briga no trânsito”, afirma Júlio César.
(...)
Para Raquel Almqvist, diretora do Departamento de Psicologia de Trânsito da Abramet, a combinação de horas ao volante com problemas do dia-a-dia também causa um desgaste muito grande ao motorista. “Os sintomas físicos são tensão muscular, mãos suadas, taquicardia e respiração alterada, porque há uma descarga de adrenalina.”
Se quase sempre é difícil fazer uma autoavaliação, é impossível adivinhar o estado de espírito do motorista ao lado. Assim, uma atitude preventiva – e, por que não, defensiva – é a melhor maneira de não se envolver em situações de violência. O psiquiatra forense Everardo Furtado de Oliveira afirma que é possível prevenir uma briga, evitando, por exemplo, contato de olhos com o condutor agressivo, não fazer ou revidar gestos obscenos, não ficar na cola de ninguém e não bloquear a mão esquerda, por exemplo. Medalhista olímpico em 1992, o judoca Rogério Sampaio não pensa muito diferente: “Respire fundo, tenha consciência de que não vale a pena brigar e, principalmente, pense em sua família”.
(...)
Não há estatísticas para agressões no trânsito no Brasil, nem punição específica no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). “O crime que ocorre no trânsito é julgado pelo Código Penal. Já o crime de trânsito é analisado por meio do CTB. Esta realidade não é diferente nos outros países”, diz Ciro Vidal, presidente da Comissão de Assuntos e Estudos sobre o Direito de Trânsito da OAB de São Paulo e ex-diretor do Detran-SP. Na opinião do advogado, os envolvidos em agressões de trânsito deveriam ser submetidos a avaliações psicológicas para, caso exista necessidade, realizar tratamento e ter a habilitação suspensa.
O trânsito é um ambiente de interação social como qualquer outro. “O carro é um ambiente particular, mas é preciso seguir regras, treinar o autocontrole e planejar os deslocamentos. É um local em que é preciso agir com civilidade e consciência”, diz a hoje doutora em trânsito Cláudia Monteiro.
Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, o carro não é o escudo protetor que se supõe. Exercitar a paciência e o autocontrole não faz parte do currículo das autoescolas, mas são práticas cada vez mais necessárias à sobrevivência no trânsito.

[Revista Quatro Rodas, julho de 2008, in Abptran]

Observações

  • Seu texto deve ser escritos na norma culta da língua portuguesa;
  • Deve ser dissertativo-argumentativo;
  • Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;
  • Sua redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;
  • Não deixe de dar um título.

Proposta adaptada de  http://vestibular.uol.com.br/ 


ATENÇÃO! Data para apresentação do texto, no caderno: 30 (quinta-feira) ou 31 (sexta-feira) de agosto, conforme o horário de cada turma.


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

PREPARANDO-SE PARA O ENEM- PROPOSTA DE REDAÇÃO NÚMERO 1

Olá, querido(a) aluno(a)!
Conforme combinado, estou postando a primeira proposta de redação, com o intuito de auxiliá-lo(a) na tarefa de redigir um bom texto dissertativo-argumentativo e, consequentemente, ter sua redação bem avaliada no Exame Nacional do Ensino Médio . A Proposta é do ENEM/2007 e pode ser encontrada no site do Inep: http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2007/2007_amarela.pdf.
Nesta primeira etapa, seu texto deverá ser feito no caderno de redação e apresentado no dia 23(quinta-feira) ou 24 (sexta-feira), conforme o horário de cada turma. Na próxima semana, postarei a segunda proposta.
Bom trabalho!

Proposta de redação

Ninguém = Ninguém 
Engenheiros do Hawaii

Há tantos quadros na parede
há tantas formas de se ver o mesmo quadro
há tanta gente pelas ruas
há tantas ruas e nenhuma é igual a outra
(ninguém = ninguém)
me espanta que tanta gente sinta
(se é que sente) a mesma indiferença
há tantos quadros na parede
há tantas formas de se ver o mesmo quadro
há palavras que nunca são ditas
há muitas vozes repetindo a mesma frase
(ninguém = ninguém)
me espanta que tanta gente minta
(descaradamente) a mesma mentira
todos iguais, todos iguais
mas uns mais iguais que os outros

Uns Iguais Aos Outros 
Titãs
Os homens são todos iguais
(...)
Brancos, pretos e orientais
Todos são filhos de Deus
(...)
Kaiowas contra xavantes
Árabes, turcos e iraquianos
São iguais os seres humanos
São uns iguais aos outros, são uns iguais aos outros
Americanos contra latinos
Já nascem mortos os nordestinos
Os retirantes e os jagunços
O sertão é do tamanho do mundo
Dessa vida nada se leva
Nesse mundo se ajoelha e se reza
Não importa que língua se fala
Aquilo que une é o que separa
Não julgue pra não ser julgado
(...)
Tanto faz a cor que se herda
(...)
Todos os homens são iguais
São uns iguais aos outros, são uns iguais aos outros

A cultura adquire formas diversas através do tempo e do espaço.   Essa   diversidade  se  manifesta 
na originalidade e  na  pluralidade de  identidades  que caracterizam os grupos e  as   sociedades  que 
compõem  a  humanidade. Fonte  de  intercâmbios,  de  inovação  e  de  criatividade,   a  diversidade 
cultural é, para o gênero humano,  tão  necessária  como  a  diversidade  biológica  para  a  natureza. 
Nesse sentido, constitui o patrimônio comum da humanidade e deve  ser  reconhecida  e  consolidada 
em benefício das gerações presentes e futuras. 
                                                         UNESCO. Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural.

Todos reconhecem a riqueza da diversidade no planeta. Mil aromas, cores, sabores, texturas, sons encantam as pessoas no mundo todo; nem todas, entretanto, conseguem conviver com as diferenças individuais e culturais. Nesse sentido, ser diferente já não parece tão encantador. Considerando a figura e os textos acima como motivadores, redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito do seguinte tema.

O desafio de se conviver com a diferença

Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos. 
Observações: 
  • Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão da língua portuguesa. 
  • O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração. 
  • O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco. 
  • O rascunho pode ser feito na última página deste Caderno. 
  • A redação deve ser passada a limpo na folha própria e escrita a tinta. 

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Projeto de lei que implementa jornada de 1/3 para atividades extraclasse sofre os últimos ajustes

Texto passou por análise hoje em reunião entre Governo de Minas e sindicato da categoria e deverá ser finalizado na próxima semana.

O projeto de lei para implementação da jornada de 1/3 para atividades extraclasse dos professores da rede estadual está próximo de ser encaminhado para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Em reunião realizada nesta terça-feira (07), o Governo de Minas discutiu os últimos pontos do projeto com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE-MG). Até a próxima reunião as alterações no projeto serão feitas e a expectativa é de que as mudanças sejam incorporadas ao texto final na próxima semana.
O projeto para implementação do 1/3 da jornada para atividades extraclasse garante que todos os professores em efetivo exercício na docência tenham direito a um percentual de 33% de sua jornada para planejamento de atividades. Atualmente, esse percentual é de 25%. A jornada padrão do professor da rede estadual é de 24 horas/aula semanais, sendo 18 na docência e outras seis para atividades extraclasse e com o projeto apresentado o professor passará a cumprir 16 horas/aula na docência com direito a 8 horas/aula semanais para atividades extraclasse.
A proposta foi apresentada pelo Governo de Minas no dia 21 de junho e na reunião desta terça-feira o Sindicato apresentou suas considerações sobre o projeto. Os questionamentos dizem respeito à extensão de jornada, critérios para a base de contribuição previdenciária, extensão de carga horária para o servidor efetivado, retroatividade da base de cálculo para aposentadoria e a questão do módulo II na rede estadual.
Sobre a extensão de jornada, ficou esclarecido na reunião que a mesma será opcional. A jornada de 1/3 para atividades extraclasse será implantada dentro da carga horária padrão dos professores em exercício na docência (24 horas/aula semanais) e nos casos no quais for percebida a necessidade de extensão, será dada ao docente a opção. Além disso, foi assegurado ao Sindicato que as regras previstas na lei que regulamentará o 1/3 da jornada serão válidas também para os servidores efetivados. A implementação do modelo a partir de 2013 implicará em um investimento da ordem de R$400 milhões anuais na folha de pagamento da Educação.
Os pontos em aberto e que demandam estudos adicionais serão discutidos na reunião seguinte, que será agendada para a próxima semana.
Salário e carreira
Além da implementação do 1/3 da jornada para atividades extraclasse, foram discutidos na reunião alguns pontos da pauta apresentada pelo Sindicato sobre salário e carreira. Identificou-se que muitas questões levantadas pela entidade dizem respeito não só à Educação, mas a todos servidores estaduais e, portanto, farão parte de uma discussão mais abrangente. Pontos como o interstício para a promoção e progressão dos servidores serão discutidos no Comitê de Negociação Sindical (Cones), que será realizado em 19 de setembro.
Sobre correções no processo de posicionamento dos servidores da educação, os representantes do Governo esclareceram que já existe uma força-tarefa atuante para revisar o posicionamento e conceder benefícios pendentes. No início de julho, as Secretarias de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e de Educação (SEE) publicaram no jornal Minas Gerais, diário oficial do Estado, resolução que promove a revisão do posicionamento de servidores da Educação. A revisão representou ganho financeiro — em relação à folha de pagamentos anterior (maio de 2012) — para 30.065 servidores da Educação. A próxima escala de reposicionamento tem divulgação prevista para o mês de outubro.
A Seplag reforçou, também, que existe um projeto para tratar especificamente a questão de benefícios relativos à aposentadoria. A meta da Secretaria de Planejamento é levantar todas as situações de servidores que estão em afastamento preliminar e priorizar os processos observando-se a ordem cronológica dos pedidos. As reuniões com o Sindicato continuam e seguirão o cronograma estabelecido.
Participaram da reunião, pelo Governo de Minas, a secretária-adjunta Maria Sueli Pires, da SEE; a subsecretária de Gestão de Pessoas, Fernanda de Siqueira Neves e o superintendente de Política de Recursos Humanos, Alvimar José Tito, da Seplag; e a chefe de gabinete do Escritório de Prioridades Estratégicas, Mônica Bernardi. Pelo Sind-UTE/MG, compareceram a coordenadora Beatriz Cerqueira e as integrantes da Comissão de Negociação, Marilda Araújo e Lecioni Pereira.