quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Em compasso de espera

Anda tudo tão silencioso! Obviamente, gostaríamos de ter nossa situação resolvida o mais rápido possível, mas as coisas estão caminhando a passos lentos. Bem, pelo menos estão caminhando. Reunião de negociação a cada sete dias dá nos nervos. Até agora nada resolvido. E passamos a semana na expectativa de que o Universo conspire a nosso favor e que possamos trabalhar em paz, com dignidade e dinheiro, não digo no bolso, mas para pagar as contas. 
Entendo a necessidade de sermos cautelosos. Aos olhos de quem está de fora, parece tudo muito simples, mas não é. Há muita coisa em jogo. Se os nossos representantes na mesa de negociação exigirem pressa, corremos o risco de ter que engolir pílulas amargas, como foi aquela do subsídio. Certo também é que tanta lentidão assim pode beneficiar o adversário - infelizmente, é dessa forma que enxergo o Governo - , pois o prazo para volta ao subsídio se encerra no final deste mês e, com a ideia do Governo de que o Piso só valerá para professores e especialistas, muitos vão abandonar o sistema com VB. Estratégia do Governo essa enrolação? Sinceramente, não sei, mas faz sentido. Estratégia do Sindicato, esperando, talvez, o Transitado em Julgado do STF, para negociar com mais clareza? Também não sei, mas faz sentido...
De certo, a sinalização do Governo de que o Piso será pago com reajuste. Já sabemos que, de acordo com o aumento do custo-aluno, esse reajuste deveria ser de cerca de 22%, mas o MEC já vai dar um golpe, jogando para baixo esse percentual que, ao que parece, ficará em torno de 16%.
Resta saber se o Plano de Carreira será considerado na sua integralidade, ou se sofrerá mudanças. Estou achando pouco provável que o Governo não proponha  alterações. Pode? Não, mas é que nossos governantes têm um quê de superiores, sentem-se acima do bem e do mal, acima até das Leis. E não adianta ficarmos iludidos: o direito de opção não será dado a todos. Deveria, mas não será. Designados e concursados que ingressarem a partir de agora no Estado, infelizmente, terão que se contentar com o subsídio. Não é o correto, mas é o que vai acontecer: a carreira do Magistério sem perspectiva para as gerações futuras. E chamam isso de valorização!
Outras questões pendentes ainda serão discutidas, inclusive relacionadas à reposição de aulas e pagamento de salários cortados. Postei no Blog da Beatriz algumas dúvidas a esse respeito, mas até o momento não obtive resposta. Sei é que algumas SREs andam fazendo uma pressão danada quanto à reposição, exigindo que os grevistas a façam, mesmo tendo substitutos ganhando sem trabalhar. 
Enfim, estou confiante na força da luta que é de poucos, e nas conquistas de muitos, embora aquém do que merecemos.
Que Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, ilumine as mentes e os corações daqueles que estarão na próxima segunda-feira na mesa de negociação. E que todos, imbuídos de um desejo sincero de servir, façam o certo. Amém!


Para relaxar, um pouco de boa música (esta é uma das minhas favoritas!)



Nenhum comentário:

Postar um comentário