quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Governo nega retornar com diretores e vices exonerados durante a greve na educação Também foi negado o pagamento dos dias não trabalhados antes da reposição das aulas


Publicação: 06/10/2011 20:07 Atualização: 06/10/2011 20:25
O Governo de Minas entregou na tarde desta quinta-feira à comissão formada por representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind/UTE/MG) e deputados estaduais para discutir a greve na educação, respostas às reivindicações feitas pelos professores na última segunda-feira. Entre os pedidos, foram negados  o retorno de diretores e vice-diretores que foram exonerados durante a greve e o pagamento antecipado dos dias não trabalhados antes da reposição das aulas. 
A respeito de não readmitir os diretores e vice-diretores, o governo informou que durante a greve foi perdida a confiança nesses profissionais, por isso a exoneração será mantida. Em relação ao pagamento antecipado, a administração estadual informou que o pedido não será aceito pois o os professores suspenderam as atividades durante o movimento grevista. Além disso, o governo também alegou que a declaração da ilegalidade da greve pela Justiça e a reposição das aulas por professores designados inviabilizam a proposta. Em benefício dos professores, o governo informou que não criará obstáculos para que os designados que aderiram à greve possam se habilitar em novos processos de designação. O 13º será pago sem o desconto dos dias de greve e os servidores que tinham férias prêmio programadas e que aderiram à greve poderão desfrutá-las tão logo concluam a reposição das aulas devidas. As propostas do governo foram vistas com bons olhos por deputados que compõem a comissão. “O governo avança atendendo cinco das setes solicitações do sindicato. Estamos num processo de entendimento e esperamos chegar a um consenso. Na próxima segunda-feira teremos um novo encontro”, afirma o Deputado Estadual João Leite (PSDB). 
Greve histórica Os professores aceitaram na última terça-feira uma nova proposta de negociação feita pelo governo de Minas e decidiram voltar ao trabalho depois de 112 dias parados. A greve foi a mais longa da história de Minas Gerais. Para pôr fim à paralisação, foi firmado um acordo entre o governo e o Sind-UTE/MG. O termo de compromisso prevê a suspensão da tramitação do Projeto de Lei enviado pelo Governo de Minas à Assembleia Legislativa e a suspensão da aplicação de novas penalidades aos grevistas. Elas seriam adotadas em decorrência da ilegalidade da paralisação, decretada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais e confirmada pelo Supremo Tribunal Federal. Também ficou definida a formação de uma comissão composta por deputados, sindicato e governo.


Governo nega pagamento antes da reposição das aulas e o retorno de diretores e vices que foram exonerados

Mais um capítulo sobre o impasse entre professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais e o governo do Estado foi escrito nesta quinta-feira (6). A administração estadual enviou para a comissão de negociação, as respostas das propostas apresentadas pelos professores, na segunda-feira (3). 
O Governo, que já havia assinalado a impossibilidade de atender a todos os itens da pauta, negou o pagamento dos professores antes da reposição das aulas, iniciada no último dia 29 de setembro. Os professores que estavam a três meses sem receber os salários, por causa da greve, ficarão mais um mês sem os proventos. 
Outra reivindicação negada foi o retorno dos 30 vice-diretores e dos dois diretores de escolas da rede pública de ensino, que haviam sido exonerados devido a adesão à greve. O Governo alegou no documento que perdeu a confiança nesses profissionais e, por isso, eles não retornaram aos cargos. 
A comissão é composta por parlamentares e por representantes do Governo e do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE). A greve que durou 112 dias foi o maior movimento de paralisação da história de Minas Gerais.
No dia 27 de setembro o Sind-UTE cedeu às pressões do governo e do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que considerou o movimento abusivo, e interrompeu o movimento grevista. 
A comissão de negociação voltará a se reunir na próxima segunda-feira, (10). A pauta da reunião será a discussão de questões financeiras. 


Um comentário:

  1. Confiança perdida?
    Bláh!
    Tá na hora dele decidir quem que diretor e vice realmente representa - a comunidade que o indica, ou o governo.
    Eu jamais representaria o governo,com quem não concordo e falo abertamente, ainda mais por uma miséria de 965 reais. Quem se vende por esse preço tá a perigo mesmo.

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